Olá pessoal!
Não sei se vocês ficaram sabendo, mas saiu no jornal Diário da Região, do dia 17 de abril, uma reportagem sobre a venda e consumo de drogas na porta de escolas públicas de São José do Rio Preto e região!
Todos sabemos que as drogas são nocivas não só à saúde, como também ao desenvolvimento do jovem, à estruturação familiar e à própria sociedade, visto que ela está diretamente associada com o aumento da criminalidade! As drogas são um problema social e devemos fazer a nossa parte para, senão erradicá-la, diminuir seus efeitos sobre os jovens!
E como podemos fazer isso? Escrevendo! Vamos denunciar o problema das drogas que está acontecendo na nossa cidade!
Então, a proposta de produção textual é que vocês escrevam um texto denunciando o problema de venda de drogas que está acontecendo na nossa cidade!
Nesse primeiro texto a ser produzido para o nosso blog, o gênero de texto a ser escrito por você pode ser variado, isto é, pode ser uma letra de rap, pode ser um texto argumentativo, pode ser um comentário da notícia. O importante é que você escreva um texto denunciando o problema das drogas da sua cidade, texto que deve ser relacionado à reportagem do Diário da Região, transcrita abaixo.
À luz do dia
Droga na porta da escola ________________________________________
Allan de Abreu e Bruno Ferro
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Hamilton Pavam
Repórter negocia compra de maconha em frente à escola Bento Abelaira Gomes, no Antunes
As escolas públicas da periferia de Rio Preto estão cercadas pelo tráfico. Nos horários de entrada e saída de alunos em três colégios da zona norte da cidade, os portões são invadidos por traficantes com cigarros de maconha e “olheiros” que indicam aos alunos as bocas de fumo mais próximas. A venda de drogas corre solta à luz do dia, sem repressão. E, em alguns casos, segundo estudantes, já chegou à sala de aula.
A teia do tráfico na porta das escolas de ensino médio não se resume à compra e venda de drogas. Também impõe a lei do silêncio a estudantes, professores e pais. Poucos são os que têm coragem de denunciar a onipresença dos traficantes no ambiente escolar. “Somos reféns da bandidagem. Se ficam sabendo que a gente fala mal deles, xingam, ameaçam”, afirma E.S., mãe de aluno da escola Celso Abade Mourão, no Solo Sagrado.
Na última quinta-feira, o Diário comprovou o negócio ilícito nas proximidades das escolas Waldemiro Naffah (Vila União), Bento Abelaira Gomes (Jardim Antunes) e Oscar de Barros Serra Dória (Solo Sagrado). Na primeira delas, pelo menos quatro traficantes cercaram o portão na saída dos alunos, por volta do meio-dia. Um deles vendeu entorpecente para um aluno uniformizado.
Passando-se por aluno, mochila nas costas, a reportagem negociou um cigarro de maconha com um dos traficantes. Ele oferece “beck” de R$ 10, R$ 20, R$ 25 e R$ 30. O repórter diz ter apenas R$ 2,50 no bolso. “Então dá um trago aí com nós”, afirma o rapaz, que oferece um cigarro de maconha. O repórter se afasta sem provar a droga, mas não sem antes receber o convite. “Se quiser é só vir aqui.”
“A escola é um dos mercados consumidores mais visados pelo tráfico na periferia, porque além da garantia de venda da droga os grupos aliciam os alunos para o negócio”, diz Marcos Rogério Campos, investigador-chefe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Rio Preto. As 69 escolas públicas da cidade totalizam 49 mil alunos, de acordo com a Prefeitura e a Secretaria de Estado da Educação.
Na Bento Abelaira, dois rapazes abordam alunos de 14 a 17 anos logo na saída, no fim da tarde. Em uma das esquinas, outra dupla fuma maconha tranquilamente na calçada. Um deles oferece o cigarro para a reportagem. “Vê aí”, diz. Quando o repórter nega o trago, o traficante faz outro convite: “Se você vim aí outra hora a gente arranja (sic).”
A droga não se resume apenas ao lado de fora dos muros da escola do Jardim Antunes. “No recreio, o cheiro de maconha no pátio fica insuportável. O pessoal passa droga um para o outro na cara dura”, afirma o estudante D.A.C., 17 anos. A direção admite o problema, e informa que tem pedido intensificação nas rondas policiais no entorno do imóvel.
A exemplo das duas outras escolas, rapazes de bermuda, chinelo e boné se enfileiram na frente da escola Oscar de Barros Serra Dória. Logo são abordados pelos próprios alunos. À reportagem, indicam a boca de fumo mais próxima: uma barraca de lona verde a menos de um quarteirão do colégio.
(...)
Secretaria de Educação enviará equipe para avaliar tráfico
A Secretaria de Estado da Educação informou, por meio da assessoria, que vai enviar nesta semana uma comissão de supervisores das diretorias de ensino de Rio Preto e José Bonifácio para verificar o tráfico e o uso de drogas dentro das escolas Bento Abelaira Gomes, no Jardim Antunes, e Genaro Domarco, em Mirassol.
De acordo com a assessoria, tanto a Bento Abelaira quanto a Genaro Domarco contam com professores mediadores, que “atuam junto aos alunos e professores em atividades pedagógicas e interpessoais para solução de questões que envolvam atos de vandalismo, discriminação e violência de qualquer natureza”.
A iniciativa integra o sistema de proteção escolar, que também conta com registro on-line de ocorrências na escola e manual de conduta para professores e funcionários. Além disso, nos finais de semana estudantes e familiares participam de oficinas dentro das escolas, o que, conforme a pasta, contribui para o “fortalecimento dos laços” entre a escola e a comunidade.
A aluna A.F., 15 anos, da escola estadual Genaro Domarco, em Mirassol, diz que tem que fingir que não vê colegas fumando maconha na sala de aula. “Senão eles xingam, ameaçam.” De acordo com a diretora da Bento Abelaira, Maria Eliana Yamamoto da Silva, a instituição tem conhecimento do problema e conta com a ajuda da ronda escolar para solucioná-lo. “Sabemos que existe o tráfico e uso de drogas nos arredores da escola. Não é explícito, mas há.
Temos encaminhado ofícios à polícia e solicitamos a ronda escolar. Além disso, inspetores de alunos, acompanhados por mim, fiscalizam a entrada e saída de todos, no portão da escola. Quando formam-se rodinhas em frente ao portão, não deixamos mais ninguém entrar”, disse. A diretora ainda acrescentou que alguns pais já reclamaram de dois meninos que foram flagrados fumando maconha em frente à instituição. Segundo ela, a instituição pediu para que a ronda escolar realizasse patrulhamento frequentemente no local.
Orientação
O comando da Polícia Militar diz orientar todas as equipes a abordar todas as pessoas em atitude suspeita nas proximidades das escolas. “Procuramos saber por que o indivíduo está ali, e se há droga ou algo suspeito com ele”, diz o coronel Gilmar Torres Peres, comandante do 17º Batalhão, que cuida do policiamento da zona norte.
A dificuldade, segundo o coronel, são os olheiros do tráfico, que avisam os traficantes quando ocorre a aproximação de algum veículo da PM. “Eles nos veem de longe, e fogem, o que dificulta o nosso trabalho. Além disso, se prendemos um deles em flagrante, logo surge outro no lugar.”
Hamilton Pavam
Estudante da Genaro Domarco, relata presença de drogas na escola
Bruno Ferro
Quem quiser ler a reportagem completa, é só acessar o endereço:
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/noticias/Cidades/57285,,Droga+na+porta+da+escola.aspx
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