quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Atividade em grupo 15/9

Olá pessoal!!

Tendo em vista o que viemos estudando sobre gênero, situação comunicativa (quem diz para quem, com que propósito comunicativo, em que situação social...), tipologia e sequência textuais, analise os textos abaixo, indicando:

- quem produziu o texto;
- qual(is) o(s) interlocutor(es);
- há marcas que permitem identificar a época em que fora divulgado;
- qual o objetivo do texto (propósito comunicativo);
- a que gênero pertence o texto;
- qual o tipo textual predominante;
- quais as sequências textuais encontradas no texto;
- qual a função da linguagem predominante;

Texto 1

Aqui é bandido: Plínio Marcos. Atenção, malandrage! Eu num vô pedir nada, vô te dá um alô! Te liga aí: Aids é uma praga que rói até os mais fortes, e rói devagarinho. Deixa o corpo sem defesa contra a doença. Quem pegá essa praga está ralado de verde e amarelo, de primeiro ao quinto, e sem vaselina. Num tem dotô que dê jeito, nem reza brava, nem choro, nem vela, nem ai, Jesus. Pegou Aids, foi pro brejo! Agora sente o aroma da perpétua: Aids pega pelo esperma e pelo sangue, entendeu? pelo esperma e pelo sangue! (Pausa)
Eu num tô te dando esse alô pra te assombrá, então se toca! Não é porque tu ta na tranca que virou anjo. Muito pelo contrário, cana dura deixa o cara ruim! Mas é preciso que cada um se cuide, ninguém pode valê pra ninguém nesse negócio de aids. Então, já viu: transá, só de acordo com o parceiro, e de camisinha! ( Pausa)
Agora, tu aí que é metido a esculachá os outros, metido a ganhá o companheiro na força bruta, na congesta! Pára com isso, tu vai acabá empesteado! Aids num toma conhecimento de macheza, pega pra lá, pega pra cá, pega em home, pega em bicha, pega em mulhé, pega em roçadeira! Pra essa peste num tem bom! Quem bobeia fica premiado. E fica um tempão sem sabê. Daí, o mais malandro, no dia da visita, recebe mamão com açúcar da família e manda para casa o Aids! E num é isto que tu qué, né, vago mestre? Então te cuida. Sexo, só com camisinha.(Pausa)
Quem descobre que pegô a doença se sente no prejuízo e quer ir à forra, passando pros outros. ( Pausa) sexo só com camisinha! Num tem escolha, transá, só com camisinha.
Quanto a tu, mais chegado ao pico, eu to sabendo que ninguém corta o vício só por ordem da chefia. Mas escuta bem, vago mestre, num qué nem sabê que, às vezes, a seringa vem até com um pingo de sangue, e tu mete ela direto em ti. Às vezes, ela aparece que vem limpona, e vem com a praga. E tu, na afobação, mete ela direto na veia. Aí tu dança. Tu, que se diz mais tu, mas que diz que num pode agüentá a tranca sem pico, se cuida. Quem gosta de tu é tu mesmo. (Pausa) E a farinha que tu cheira, e a erva que tu barrufa enfraquece o corpo e deixa tu chué da cabeça e dos peitos. E aí tu fica moleza pro Aids! Mas o pico é o canal direto pra essa praga que está aí. Então, malandro, se cobre. Quem gosta de tu é tu mesmo. A saúde é como a liberdade. Agente dá valor pra ela quando já era!


Texto 2

Menores são apreendidos com bebidas alcoólicas
Dois adolescentes foram apreendidos com bebidas alcoólicas, na noite desta terça feira, na Escola Estadual Pio X, em Rio Preto. Um artefato de bambu, utilizado para consumo de maconha, também foi encontrado em uma mochila.
De acordo com informações da polícia, a vice-diretora do colégio recebeu uma denúncia de que um aluno havia levado as bebidas para serem consumidas na sala de aula. Às 19h45, a polícia foi acionada e encontrou com o aluno M.A.F, 16 anos, duas garrafas pet que continham vodca com refrigerante.
Na mesma ocorrência, também foi apreendido o objeto artesanal, que o menor M.A.B.J, 16 anos, alega que seria para o uso de drogas. Os adolescentes foram conduzidos ao Plantão Policial e entregues aos responsáveis. A polícia recolheu o material e vai investigar como a bebida entrou na escola.



Texto 3


Prezado Ministro da Educação Sr. Fernando Haddad,

Li nos jornais que o senhor quer melhorar os cursos de pedagogia. Vai exigir que os cursos tenham brinquedoteca e que exista computador para cada 30 alunos etc. Quer modificar o contato dos alunos com as escolas. Quer exigir mais dos cursos. Tudo isso é louvável, mas, acredite em mim, não vai mudar nada.
Fiz o curso de Pedagogia na Universidade de São Paulo. Formei-me faz pouco tempo. Julgo que tive uma boa formação, inclusive do ponto de vista prático, pois fiz bons estágios. Logo que acabei, arrumei uma escola para trabalhar. Era uma escola particular, relativamente boa. Todavia, não fui ao emprego nenhum dia. Pois o salário não compensava. Trabalho em uma clínica de dentista, como secretária. Ganho 1.500 reais. Na escola, com mais de 50 alunos na classe, eu ganharia 760 reais, não mais que isso. Na clínica meu trabalho é simples, e ainda tenho tempo de ler e sair cedo para voltar para casa. Atendo telefone, faço agenda e, às vezes,
compro material. Na escola, eu sairia tarde e teria de voltar para reuniões. Além disso, na escola, como me avisaram, eu teria de limpar as crianças no banheiro. Caso alguma se machucasse, eu seria a responsável. E pior: eu teria de conversar com os pais, ver o que estaria acontecendo em casa, caso a criança apresentasse qualquer problema.
Como o senhor vê, não adiantou eu me formar na USP. Não adiantou eu fazer um
bom curso, onde li muita coisa que em outras faculdades não é solicitado. E fiz trabalhos práticos que em outras faculdades não é pedido. Meu estágio foi real, enquanto que colegas minhas, em faculdades particulares, fizeram estágios falsos. Todavia, tanto eu quanto elas estamos na mesma: não pudemos seguir a vocação. Tivemos de optar por outro emprego.
Aqui, o governador de São Paulo também sabe falar mal dos cursos de Pedagogia. Ele fala sem razão. O senhor também não está contente com os cursos de Pedagogia. Mas o problema é que a educação das crianças não vai mal por causa do curso de Pedagogia, vai mal porque ninguém pode ser professor. Nem quem quer muito, como era meu caso, pode seguir a carreira.
Dizem que há o piso salarial. Ora, o piso não chega a 900 reais, não é? Não é possível pagar aluguel, comer, comprar livros e pagar transporte com esse piso. Um apartamento de apenas um quarto, relativamente perto da escola que eu iria trabalhar, era mais de 500 reais de aluguel, fora o condomínio. Nem mesmo eu, que sou sozinha, poderia ajudar lá na casa dos meus pais se ganhasse só o piso. A profissão de professor não poderia ser alguma coisa
tão ruim, tão desvalorizada. Isso é o que importa.
As medidas que o senhor está anunciando, no fundo apenas aumentarão a mensalidade dos cursos de pedagogia das faculdades particulares. Eles repassarão para os alunos o que o MEC está impondo de gastos a mais. Mas não irá resolver o problema da melhoria do ensino. E ainda por cima irá fazer as pessoas gastarem mais para fazer o curso de Pedagogia. Isso vai só atrapalhar, vai só fazer com que menos gente queira fazer o curso.

Agradeço sua atenção

Deus o proteja

Mariana Ferraz de Oliveira.

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