Este blog pertence aos alunos da 1a. série do Ensino Médio do Colégio Santa Teresa, de São José do Rio Preto. Foi criado, especificamente, para os alunos poderem escrever seus textos, dar sua voz ao mundo, fazer denúncias, críticas, etc.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Proposta de produção textual: Leitura literária
Você já parou para pensar o quanto lemos diariamente? Lemos propagandas em outdoors, lemos panfletos entregues em sinaleiro, lemos textos nos sites e blogs que curtimos, mensagens que recebemos no facebook, twitter, MSN, torpedos, lemos revistas ou gibis enquanto aguardamos na sala de espera do médico ou do dentista, lemos os materiais da escola para estudar para as provas e lemos livros de literatura, romances e contos que nos fazem descobrir o prazer em desvendar os sentidos que a linguagem possibilita, em refletir sobre as experiências humanas, já que a literatura é o lugar da expressão da linguagem!
Enfim, lemos muito diariamente, mas vamos pensar um pouquinho em uma prática específica de leitura: a leitura literária. Afinal, o que é literatura? Por que alguns livros não são considerados literatura ou o que é preciso ter um texto para que ele seja literário? Por que a leitura de determinados livros, como os de autoria de Paulo Coelho, são criticadas enquanto outras leituras são incentivadas, como obras de Machado de Assis, por exemplo...
Reflita sobre as questões acima, leia os textos de apoio e escreva um comentário argumentativo (de, no mínimo, 20 linhas) sobre o tema: “Leitura literária: há livros melhores ou piores para a construção do hábito dessa prática de leitura?”
Reportagem Veja
“UMA GERAÇÃO DESCOBRE O PRAZER DE LER”
Ler obras juvenis ou best-sellers é apenas o começo de uma longa e produtiva convivência com os livros. Essa é a lição que anima os jovens a se aventurarem na boa literatura atual e nos clássicos
Deixe-se o sexo para uma discussão posterior. No que diz respeito à leitura, uma graciosa menina carioca é uma das inúmeras evidencias do que se lê na capa de VEJA. Em janeiro, a universitária Iris Figueiredo, de 18 anos, anunciou em seu blog a intenção de organizar encontros para discutir clássicos da literatura. A ideia era reunir jovens que estavam cansados de ler as séries de ficção que lideram as vendas nas livrarias e passar a ler obras de grandes autores. Trinta respostas chegaram rapidamente. No mês seguinte, o evento notável de Iris começou: vinte adolescentes procuraram uma sombra junto ao Museu de Arte Contemporânea de Niterói - cada um com seu exemplar de Orgulho e Preconceito, da inglesa Jane Austen, debaixo do braço e sentaram-se para conversar. Durante duas horas, leram os trechos de sua preferência, analisaram a influência da autora sobre escritores contemporâneos (descobriram, por exemplo, que certas frases do romance foram emuladas em diálogos da série O Diário de Bridget Jones, de Helen Fielding) e destrincharam os dilemas pelos quais passaram a vivaz Elizabeth Bennett e o arrogante Mr. Darcy, os protagonistas do romance. Iris se entusiasma ao falar do sucesso de suas reuniões que já abordaram títulos como O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, 1984, de George Orwell, e Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca. Desde pequena, ela é boa leitora. Mas foi só ao descobrir a série Harry Potter que se apaixonou pela leitura e a transformou em parte central de seu dia a dia. Quando a saga do bruxinho virou mania entre as crianças e os adolescentes, uma década atrás, vários críticos apressaram-se em decretar que esse seria um fenômeno de resultados nulos. Com o eminente crítico americano Harold Bloom à frente, argumentavam que Harry Porter só formaria mais leitores de Harry Potter os livros da inglesa J.K. Rowling seriam incapazes de conduzir a outras leituras e propiciar a evolução desses iniciantes. Jovens como Iris desmentem essa tese de forma cabal. Ler é prazer. E, uma vez que se prova desse deleite, ele é mais e mais desejado. Basta um pequeno empurrãozinho como o que a universitária ofereceu por meio do convite em seu blog - para que o leitor potencial deslanche e, guiado por sua curiosidade, se aventure pelos caminhos infinitos que, em 3000 anos de criação literária, incontáveis autores foram abrindo para seus pares.
(...)
Os leitores adolescentes impulsionaram os maiores sucessos das livrarias na última década. Nunca se produziu, traduziu e fez circular tanto livro para eles como agora e na lista de mais vendidos de VEJA, na categoria ficção, eles figuram nas melhores posições. A série Harry Potter com vendas mundiais que ultrapassam os 400 milhões de exemplares (no Brasil, chegaram a 3 milhões), detonou essa onda, é evidente. Em 2008, um novo sucesso surgiu no país: a saga Crepúsculo, com 120 milhões de exemplares comercializados (5,5 milhões no Brasil). E aí o fenômeno começou a ganhar novos contornos: através de comunidades e perfis nas redes sociais, os adolescentes passavam horas discutindo o destino da menina Isabella Swan e do vampiro Edward Cullen - e, nessa fase, se um amigo demonstra um interesse, é rapidamente copiado pelos outros. "Não é mais possível lançar um livro para esse público sem pensar numa estratégia de atração por meio das redes sociais", diz Jorge Oakim, editor da Intrínseca. Ele é um caso exemplar de ajuste às mudanças ocorridas no mercado editorial. Desde a inauguração de sua editora, em 2003, viu seu negócio mudar radicalmente: no início, 15% dos lançamentos eram destinados ao público jovem - Atualmente; esse número saltou para 80% -, e esse mesmo percentual representa o faturamento atual da editora com os jovens.
Fonte: Veja. Uma geração descobre o prazer de ler. Edição especial. 18/05/2011.
PARA LER A MATÉRIA COMPLETA, ACESSE O ENDEREÇO: http://clipping.cservice.com.br/cliente/visualizarmateria.aspx?materiaId=12893758&canalId=16647&clienteId=0P1raIDrFiE%3D&end
Para conhecer o blog da jovem Íris Figueiredo, acesse o endereço: http://www.literalmentefalando.com.br/2011/05/materia-na-revista-veja-sorteio.html
Comecemos pelas obviedades: aprende-se a ler e a gostar de ler; aprende-se a ter satisfação com a leitura; aprende-se a acompanhar modismos de leitura; aprende-se a ter critérios e opiniões de leitura; aprende-se a julgar valores estéticos. A tudo isso se aprende lendo. Dentro e fora da escola.
Em outras palavras, o gosto (como sabor, ou prazer, ou moda, ou opinião, ou faculdade de julgamento) pela leitura, em particular a da literatura, não é um dado da "natureza humana", imutável e acabado, e sua formação tem a ver com as necessidades, com o tempo e com o espaço em que se movimentam pessoas e grupos sociais. Desenvolvimento e aprendizagem encontram-se, assim, relacionados entre si e com o processo de constituição dos sujeitos históricos, através do trabalho lingüístico.
Artigo de Maria do Rosário Morttati Magnani. Leitura e Formação do Gosto. Disponível em http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_13_p101-106_c.pdf
"Minha confiança no futuro da literatura consiste em saber que há coisas que só a literatura com seus meios específicos nos pode dar."
ÍTALO CALVINO
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Professora , aqui é o Carlos Alberto do 1º A , eu entreguei minha redaçao para a tia Edna , ele deve ter colocado no seu armário.
ResponderExcluirOlá, Carlos! Sim, peguei o seu texto no meu armário! Abraços, Marília.
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